Esta exposição liga através do fio do azeite tantas tradições que se perdem no tempo de um património tão rico e tão belo.

Podemos ver o que resta e nos faz lembrar da chegada das férias de natal, altura em começava a azáfama da apanha da azeitona. Da geada e o vento frio a bater nos rostos alegres e sorridentes, com algumas expressões maliciosas à mistura. Das palavras das pessoas praticamente analfabetas, palavras essas que eram autênticas lições de vida. Da apanha, do levantamento dos toldes ou lonas de umas oliveiras para as outras, de fazer a parte salteada, ou seja, apanhar a azeitona, que ao varejar, caía para fora das lonas e de ir sempre limpando ou crivando.

Leva-nos a olhar o fio de azeite enquanto cultura estratégica no desenvolvimento da agricultura portuguesa; que representa um património genético de valor incalculável e que tem associado à sua presença múltiplas funções e valias, que podem contribuir de forma importante para a valorização das regiões e populações onde se encontra.

Um Fio de Azeite, uma exposição onde se procura mostrar, fio a fio, um percurso, onde o olival, a azeitona e o azeite são os verdadeiros heróis e heroínas, de uma região que por mais que se diga abandonada e esquecida tem um encanto e uma magia que se vê, que se ouve, que se sente, que se saboreia e que se vive.

Um Fio de Azeite, a exposição que te mostra a magia de uma região e a magia de tantas vidas.